Verdade e consequência

Sempre que acreditei que deveria saber a verdade, que deveria esmiuçar cada assunto até ao fim e saber a verdade, doesse o que doesse. Nunca me contentava em saber apenas o suficiente.

Mas neste momento e já desde há alguns anos para cá percebi que essa busca incessante pela verdade por vezes pode ser destruidora. Obviamente que não vivo mentiras na minha vida, nem as tolero, mas entendi que em certos e determinados casos a informação que nos chega é suficiente para continuarmos a nossa vida. 

Não precisamos sempre de saber tudo, por vezes saber tudo ao pormenor torna os sentimentos mais intensos e nem sempre isso é desejável. Pode nalguns casos ser reparador, mas aquilo que a experiência me ensinou é que na maioria das vezes é apenas desgastante...

3 comentários:

  1. Concordo.
    E também sinto que o que descreves resulta de processos de aprendizagem que se resumem numa palavra: amadurecimento.
    Beijinho.
    S

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  2. Exato! Foi essa a palavra que me faltou! :)

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  3. Em relação ao primeiro parágrafo, sim, lembro-me sempre de me dizeres que achavas que eu tinha medo de saber a verdade e que fugia de certas perguntas com medo da resposta. Quando dizias isso talvez fosse a fase em que ainda descreves que preferias saber tudo, tudo. E é verdade, sempre tive medo de algumas respostas; principalmente quando desconfio que não vou gostar de saber. No meu caso pessoal, uma coisa que fui aprendendo com o tempo e que percebi que é muito dolorosa (infelizmente por experiência própria) é que às vezes, mesmo que não procuremos essas respostas, há verdades que nem desconfiamos que existem e alguém um dia nos diz algo sobre isso. Tu dizes: "O quê? Do que é que estás a falar?". "Mas tu não sabias?"; "Não..."; "Ah, guardaram-te segredo para não sofreres". É a pior forma de descobrirmos uma verdade dessas que não nos deixam prosseguir como prosseguiríamos se fossemos ignorantes quanto à sua existência. Depois de a termos na mão, qual batata quente, já as mãos ardem.
    COutono

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