Não sei o que passou, não sei como aconteceu mas como diz o médico relativamente à rutura de membranas que me causava a perda de líquido de amniótico: “Que fechou, fechou!”
Não era expectável e, como me disseram, foge à norma.
Quero crer que estará relacionado com a corrente de energia positiva que senti à minha volta mas também com aquilo que consegui alimentar em mim. Não falo de esperança, não era isso que eu tinha ou sentia, era certeza, uma certeza inabalável de que o Francisco não ia nascer agora, era uma certeza que me dizia que o Francisco ia nascer na altura certa e que vai ser saudável e feliz.
A dada altura tive receio de parecer tontinha e não querer encarar a realidade… os médicos sugeriram-nos que fôssemos conhecer equipa de Neonatologia e que o B fosse ver os bebés nas incubadoras e perceber o que significava cada um daqueles fios que os prende à vida. Decidi que não queria conhecer a equipa, não queria ouvir falar dos riscos, aquilo que sabia chegava-me para viver o presente. Nada me poderia preparar para algo que nem se sabia se iria acontecer e que seria o nascimento prematuro do Francisco. Não quis falar com a equipa e disse ao B que me parecia desnecessário que o fizesse. Felizmente ele concordou e “afastámos de nós esse cálice”.
E agora aqui estamos, em casa, cheios de esperança no futuro e nas coisas boas que ele nos reserva!