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Iniciação à costura

Ah! E ainda vos contei que o Pai Natal me ofereceu uma máquina de costura!
 
Sempre achei piada e há uns anos comecei a fazer algumas coisas com a ajuda da minha mãe e na máquina dela. Estive durante o último ano sempre na dúvida se era um investimento que valesse a pena, se depois a iria utilizar ou não. Depois de muito pensar lá deixei cair esta dúvida ao pé do Bernardo, que pelos vistos achou que valia mesmo a pena a compra e pelo Natal, voilá!
 
Deixo-vos abaixo o meu primeiro trabalho de costura criativa a solo, ou seja, sem mãe por perto. Não ficou muito perfeitinho mas a verdade é que também não me deixa envergonhada! :)
 
 

Um girassol para a Santa Paula

Na escola dos meus filhos celebra-se esta semana a Santa Paula Frassinetti e por esse motivo foi pedido que todos levassem um girassol feito em casa, com os pais. Desta vez, em vez de dois, ajudei a fazer três (só para ver se me vou habituando à ideia): um para o Manuel, outro para a MR e outro para o meu sobrinho P.

Girassóis do Manuel, da MR e do P

Levámos no sábado para casa dos avós todos os materiais, montámos os estaminé em cima da mesa da sala  e depois de almoço as crianças fartaram-se de trabalhar! Recortei-lhes os girassóis e eles pintaram-nos, depois colaram pedaços de feltro, botões, grãos de café e brilhantes - para o pé do girassol utilizámos uns paus de louro que a avó dizia ter guardado há que tempos para um dia fazer espetadas (com estes já não as faz...). Já vi pela escola girassóis mais bonitos mas que se percebe que foram feitos pelos pais, este têm um toque especial porque eles foram ajudados mas grande parte do trabalho foi deles. Até o Manuel agarrou nas canetas e pintou, bem... riscou o seu girassol. 

A MR resolveu que um girassol com cor de girassol era um bocadinho monocromático e então apostou nas cores do arco-íris e pintou cada folha com 3 ou 4 cores diferentes. O P.,mais convencional, começou por fazer o seu girassol como os girassóis tradicionais, amarelo por fora castanho por dentro, depois, talvez influenciado pela MR (que acha que a arte é o que ela quiser e como ela quiser) pintou as últimas três folhas com cores diferentes.

Ficaram todos iguais mas todos diferentes e na verdade todos lindos mas infelizmente a foto não faz jus ao trabalho.

Os Cabritinhos foram comidos pelo lobo...

E depois de uma óptima manhã com a Madalena (outra das mães designadas pela professora da MR para o kit da história dos 7 cabritinhos e que tinha a incumbência de fazer o lobo) os Cabritinhos foram comidos.

O lobo veio e de um trago só engoliu-os! Safou-se o pequenino, que se escondeu na caixa do relógio! 

Vejam só se não ficaram tão bem juntos? :) 

O lobo ficou lindo e até custa que seja de tão má rês...

7 cabritinhos

E os trabalhos manuais continuam... desta vez foi-me pedido na escola da MR que fizesse não um, não dois, mas SETE cabritinhos para o kit do tapete de histórias que a sala 8 ficou de elaborar. E eu como não sou de me negar a estes desafios e até andava com vontade de ter uma boa desculpa para ligar a máquina de costura e treinar um bocadinho, lá aceitei! 

Para que não ficasse um trabalho demasiado amador inscrevi-me num workshop de bonecos de pano e tive, como sempre, o apoio operacional da Mestra mãe.


Acho que não saíram nada mal :)




Mães desocupadas

Mães desocupadas tendem a deixar-se envolver de tal forma nas atividades escolares dos filhos que depois temem deixar outras mães, legitimamente ocupadas, envergonhadas! 

Não sei se esta é uma premissa que possa ser aplicada a todas as mães ou não mas foi o que senti ontem, depois do meu trabalho terminado.

Então, foi pedido pela educadora da MR a todos os pais que comprassem o livro para o projeto anual da troca de livros. O projeto consiste simplesmente na compra de um livro por criança e depois na troca semanal de livros na escola. É óptimo porque nos permite ter um livro novo todas as semanas. Para nós é um alívio não ter que ler sempre as mesmas histórias e eles demonstram sempre imenso entusiasmo na leitura do livro que escolheram para essa semana.

Este ano a inovação foi que deveríamos fazer um fantoche, baseado numa das personagens do livro. Fantoche esse que vai acompanhar o livro nas suas viagens a outras casas e que deverá servir para nos auxiliar enquanto contamos a história.

Claro que eu, desocupada como estou resolvi fazer não um fantoche mas cinco, ou seja a totalidade de personagens da história (é importante dizer que a ajuda da minha mãe foi fundamental para dar início a este projeto). 

Depois de ter os fantoches feitos fazia sentido fazer uma bolsa para os guardar. Então arranjei um tecido com galinhas (o Livro chama-se o Ladrão de Galinhas) e lá costurei a dita cuja. E depois como a prender ao livro?! Lembrei-me de lhe colocar uma fita, tipo marcador de livro, recortar uma galinha do tecido e costurá-la no fim da fita. Não posso dizer que esteja um trabalho desleixado, porque não está, mas também está bastante longe de atingir o nível de perfeição que corre na minha família no que respeita a costuras. Mas enfim, ainda sou apenas uma iniciada!

Ah! Tendo os fantoches e respetiva bolsa que ser identificados ainda fiz umas impressões do desenho da capa do livro (a raposa a correr com a galinha ao colo - as crianças não sabem ler e portanto pareceu-me que colocar apenas o nome do livro era redutor e a eles pouco lhes diria). Plastifiquei as tais etiquetas e colei-as nos fantoches.

Ontem, depois de tudo terminado e preparado para seguir para a escola de repente pensei: "Exagerei! Coitados dos pais que mal têm tempo para estes trabalhos e que terão desenrascado qualquer coisa à última da hora... coitadas das crianças que tiveram que levar esses trabalhos para a escola... e a minha filha aparece  com cinco fantoches e uma bolsinha toda bonita." Deixei-me invadir por um sentimento de culpa que só desapareceu quando recebi um e-mail da professora a elogiar o trabalho. Pensei "Uff! Se calhar valeu a pena."

Relativamente ao livro só vos posso dizer que comprem. É um livro sem texto apenas com ilustrações e que nos permite construir com a criança histórias diferentes ou pelo menos com nuances diferentes todos os dias.

Claro que a MR ficou felicíssima com o resultado final do trabalho e deve ter orgulhosamente mostrado o mesmo aos colegas professoras. Pronto e eu assumo, também fiquei bastante orgulhosa, deu trabalho mas acho que ficou giro!

Natal 2011


No ano passado os presentes de Natal foram como se pode ver acima! 

Sacos para as crianças levarem para a ginástica, para a piscina, para o ballet,  para a escola, para casa da avó com o pijama, enfim, para aquilo que desse mais jeito! 

Para as mamãs das crianças fizemos sacos para as compras, que se podem dobrar e meter na mala.

Depois, com botões preparamos uns embrulhos engraçados, com etiquetas personalizadas e já está! Seguiram para debaixo das árvores de Natal.

Infelizmente o meu esforço foi mais na área da conceção e da escolha de materiais do que efetivamente atrás da máquina de costura, que era o que queria inicialmente. Foi no seu todo um trabalho partilhado entre mim e a minha mãe.

A vantagem destes presentes feitos em casa são inúmeras: primeiro cada presente foi personalizado, ou seja fizemo-lo a pensar especificamente "naquela" pessoa;  tendo em conta a "crise", este bicho papão que nos está a consumir o orçamento mensal, conseguimos fazer presentes mais em conta; foi giro retomar as costuras e aprender com a minha mãe e por outro lado criou-se espaço para os trabalhos entre mulheres (consegui juntar na mesma mesa, a trabalhar nos sacos, três gerações, quatro se contarmos com a MR que por ali andava a meter o nariz -  a MR, eu, a minha Mãe, a minha Tia e a minha Avó).

Este ano Ai M - handcrafts está de volta e já temos ideias novas para os presentes de 2012 :)