Livros do hospital - parte I

As últimas duas semanas foram férteis em leituras. Consegui finalmente terminar o "Gente Independente", livro que se arrastava há meses na minha mesa de cabeceira e que por falta de tempo e excesso de sono não tinha fim à vista. É livro sem dúvida interessante e que cuja história se passa num país que sempre quis muito visitar, a Islândia. A narração conduz-nos pela vida de um "homem independente", o o Bjartur, que é obcecado pelas suas ovelhas, a fonte da sua independência.
 
É um livro pesado que fala de pessoas e de vidas tristes, e que nos transporta para a vida difícil numa Islândia rural de há mais de 100 anos atrás. Mas que nos marca exactamente por tudo isso, pelo orgulho daquela gente, pela independência que faz deles homens livres, pelas fantásticas descrições e por toda a envolvência política de uma Islândia em desenvolvimento.
 
Deixei-me levar completamente pela Ásta Sóllilja, a filha de Bjartur, pela sua inocência, pela sua adoração pelo pai e sobretudo pela sua adolescência difícil de uma menina quase mulher que cresce sozinha.
 
Este é um livro pesado em todos os sentidos, denso, um livro grosso e de letras pequeninas, mas que sem dúvida vale a pena ler, até porque não fosse ele uma obra-prima da literatura do século XX, escrita pelo Prémio Nobel Halldór Laxness.

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