Há pessoas que nos fazem tão bem! Amigos que pela sua maneira de ser tranquila e ponderada parecem saber sempre o que dizer na altura certa. Amigos que fazem aquela pergunta que precisamos que alguém nos faça, para que possamos responder com aquilo que nos vai na alma e que precisa de um pequeno impulso para deixar de ser só nosso e de nos pesar no coração.
Eu não sou uma pessoa naturalmente “lamechas” e enquanto estive no hospital fugi a “a sete pés” dos telefonemas que sabia que me poderiam, pela natureza das pessoas que os faziam e ainda que sem intenção “puxar para baixo”. Detesto a conversa fácil do “vai correr tudo bem…” e do “e tu como é que estás? já estás farta do hospital?”, e quando tudo isto é dito naquele tom complacente, amoroso e cheio de pena, aí então é que me tira do sério… e que me perdoem estas pessoas, que eu sei que o fazem cheias de boa vontade.
Estes amigos da “palavra certa na hora certa" são raros, e não digo com isto que sejam melhores amigos ou mais preocupados que os outros, são apenas pessoas que pela sua sensibilidade conseguem chegar melhor até nós em alturas difíceis. São amigos dos quais só sentimos “good vibes”, amigos que nos deixam ainda mais positivos do que o que estávamos antes de atendermos o telefone. Obrigada!
É mesmo verdade. Há pessoas que têm esse dom, um dom inestimável que é como que um sopro que nos seca uma lágrima, mesmo à distância. E há também as pessoas descritas no segundo parágrafo que, se estamos em baixo nos melindram com o "ar complacente, amoroso e cheio de pena"...
ResponderEliminarEm momentos delicados como o que viveste, ambos os tipos se evidenciam. O bem que os primeiros nos fazem é, felizmente, uma dádiva que agradeço todos os dias aos céus.
COutono