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Amizades que nunca se perdem

Não gosto de publicitar a minha vida pessoal no facebook, acho piada a saber todos os passos que os outros dão. Vou ao facebook e dou por mim em divagações sociológicas muito interessantes, enfim, o facebook para mim é para voyeurismo do que outra coisa. Mas hoje coloquei uma foto. Coloquei-a porque me apeteceu partilhar um momento feliz num dia que é menos feliz. Apetece-me neste dia recordar estes sorrisos, prefiro forçar-me a isso do que ter pensar na dor que é ter uma amiga que já não celebra mais o seu aniversário... 

Faço questão de falar aos meus filhos naquelas pessoas especiais, que já partiram, e sempre que surge uma oportunidade não deixo de o fazer. 
Hoje de manhã quando lhes disse que a Vanessa fazia a anos, a Maria Rita disse logo "Mas ainda faz não é mãe?" eu disse-lhe que sim, mas que infelizmente já não podíamos comemorar o dia com ela. A resposta da minha filha foi: "Podes sim mãe, podes ir ao cemitério e rezar com ela!". E é isso que vou fazer, mas faço-o com a imagem de felicidade e cumplicidade desta foto na cabeça.

Raising Awareness

Porque hoje é dia jantar com as Chaleiras e porque falta uma, e porque morro de saudades dela deixo-vos aqui uma ideia que adorei.

Já recebi a minha medalha e tenho-a quase sempre comigo, seja ao pescoço seja enquanto pulseira. Faz-me sentir que a minha amiga está sempre comigo... e vocês já têm uma?!


Marta Leão criou uma medalha contra o cancro da mama

Aos 27 anos, achamos que somos imortais. A experiência de um cancro de mama fez Marta perceber a importância do diagnóstico precoce. Para alertar consciências, criou um blogue e uma campanha em parceria com a Associação Laço

Novelos de uma Novela

Dediquei parte da minha tarde a fazer backup e registo de um blog antigo, o Girassóis, que em tempos tive com a minha amiga calordeoutono. Dediquei-me também a fazer backup do Novelos de uma Novela, o atual blog da calordeoutono. 

Não foi uma tarefa fácil, era necessário saber qual a conta de email que ela usava, recuperar passwords e fazer muito trabalho de detetive.

A dada altura desesperei e disse-lhe: "Que confusão de emails! Não vou conseguir... se estás por aí ajuda-me..." Entre lágrimas e sentimentos contraditórios (era estranho estar a mexer nas coisas da minha amiga, a invadir a sua privacidade), tenho a certeza que foi ela que me iluminou, teria ficado tão orgulhosa do meu trabalho. Imagino-a a dizer-me: "Amiguinha, eu sabia que se alguém conseguisse tinhas que ser tu". É não só a imagino como quase tenho a certeza que ouço e que lhe vejo o sorriso nos lábios.

Não consegui ler os textos, abri um ou dois e as saudades foram tantas e as recordações tão fortes que doeu demais. 

Já consegui passar os textos todos para pdf, agora falta editá-los e fazer o livro que ela sempre sonhou escrever. Infelizmente este não é o livro que ela merecia escrever, mas apenas uma mini edição caseira póstuma do diário de uma vida...

Calor de Outono

A minha amiga foi-se embora. Foi-se embora e não despedi dela, foi-se embora e não tivemos tempo para dizer "Até já".
 
Era a minha amiga mais próxima, a "amiguinha" (como nós costumávamos dizer). Foram 15 anos de cumplicidade e de uma empatia imediata. Era uma das pessoas a quem no ISCTE, ainda antes de nos conhecermos, eu dizia sempre "Olá" ou a quem esboçava um sorriso nos corredores.

Eramos tão diferentes... mas essa diferença complementava a nossa amizade. Ela adorava bolinhas e sapatos com berloques, eu detesto ambos. Ela não tinha paciência para formatar documentos e pô-los bonitinhos, com espaçamentos e tamanhos de letras xpto. Era eu que por vezes lhe fazia esse trabalho. Ela adorava livros e o cheiro dos livros trazia-lhe sempre recordações de um qualquer momento passado, escrevia nos livros, apontamentos feitos à margem da página, já eu, que também gosto de livros, adoro gadgets e já não passo sem o meu e-reader.
 
Ela era de uma inocência que por vezes dava vontade de rir, muito ansiosa e super curiosa e interessada por tudo o que a rodeava. Sempre a querer saber mais e mais, era muito trabalhadora e tão inteligente... Adorava dançar...

Partilhámos casa, amigos, desgostos de amor e os amores da nossa vida, partilhámos dores que nunca esperámos que nos assolassem e expectativas, expectativas que se concretizaram e algumas que foram embora com ela. Assim como foram algumas das confissões e partilhas que fizemos...
 
Os últimos meses quebraram-nos as rotinas, deixámos de falar diariamente no Messenger, parámos com os almoços que tentávamos sempre que fossem semanais (apesar de nunca o serem), acabaram com os telefonemas tontos, sobre assuntos tontos mas que nos faziam rir. Mas apesar disso estávamos ali uma para outra, a fazer um stand-by numa vida que ela iria retomar em breve, que a maldita doença queria mas que, pensava eu, nunca iria conseguir roubar.

Durante 15 anos fomos uma presença constante na vida da outra e agora a minha amiga foi embora. A doença ganhou e levou-a e deixou-me a mim a morrer de saudades...

Happy!


Como diz o meu pai "Se lhe pusessem uma palhinha até levantava voo!" :)

Papas de aveia com mel!

Todos os dias tomo o meu pequeno-almoço com a minha amiga Vanessa. Na verdade ela não está cá em casa, ok, não tomo mesmo o pequeno-almoço com ela, mas juro que todos os dias desde há uns meses para cá, quando preparo o meu pequeno-almoço penso nela. Porquê? Porque como algo que sei que ela adora e que provei pela primeira vez feito por ela, numa casa em Benfica, há muitos, muitos anos atrás.
 
Papas de aveia! Hummm e que pequenos-almoços deliciosos! Descobri que a Bimby faz umas papas de aveia fantásticas e que não dão trabalho nenhum. Antes de dar os pequenos-almoços às crianças meto tudo na Bimby e 9 minutos depois está pronto.

Deixo-vos a receita para ver se as minhas amigas bimbólicas se entusiasmam!

35 gr de aveia
10 gramas de mel ou 2 colheres de chá de açúcar
220 gr de leite
canela a gosto

Velocidade colher inversa, 9 minutos, 90º

Estas quantidades dão para uma dose, No final pode-se juntar fruta, eu geralmente junto morangos ou banana. Juro-vos que ficam uma delícia! Não dá trabalho nenhum a fazer e tem tudo o que é preciso para um bom pequeno-almoço: proteína, cerais e fruta.

I love my porridge!

PS: Amanhã se me lembrar tiro uma foto ao meu pequeno-almoço e venho pô-la aqui.

Para quem partiu...


Ou pelo menos para os que ficaram...

Para a calordeoutono e para a a mana dela!






Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

Osga

Este belo espécimen parece-nos que terá vivido connosco durante o último Inverno. Não se assustem, já decidiu deixar-nos, embora me pareça que se terá arrependido pois não nos larga a janela! O Manuel adorou-a a fartou-se de lhe por o dedo em cima, do lado de cá da janela, e ela não me pareceu minimamente incomodada. Certamente estará habituada a ouvi-lo e vê-lo passar, afinal foi a nossa osguinha de estimação durante quase um ano!

Ok, não tenho bem a certeza de que tenhamos partilhado a casa com ela durante o Inverno, mas tudo indica que sim. 

No ano passado, talvez no princípio do Outono, estávamos eu e o B sentados na sala a ver televisão quando vimos um réptil passar rapidamente à nossa frente. Saiu de debaixo do nosso sofá e correu para o móvel da televisão. Na altura deslocámos o móvel, procurámos, procurámos e não encontrámos nada. Tinha quase a certeza que seria uma osga, mas como a minha grande amiga bióloga já me tinha dito que o fato de se dizer que as osgas são venenosas é apenas um mito rural, acabei por me esquecer. Nunca mais me lembrei do dito animal até que numa tarde de fim de Primavera o meu pai a viu na minha janela, mas do lado de dentro! Percebi logo quem ela era e apesar de a querer fora de casa não quis nem por nada vê-la morta, afinal tinha-se portado tão bem durante o Inverno (percebi agora que deve ter hibernado)! Bem, ela voltou a fugir e nunca mais ninguém a viu. Até hoje, hoje de manhã apareceu do lado de fora da janela e eu acho que ela gostaria de voltar a entrar. Mas na verdade acho que a nossa amiga osga precisa de ser independente e de se fazer à vida! Foi "bom" enquanto durou mas está na hora de crescer e procurar a sua própria casa, não vos parece?!

Amigos

Há pessoas que nos fazem tão bem! Amigos que pela sua maneira de ser tranquila e ponderada parecem saber sempre o que dizer na altura certa. Amigos que fazem aquela pergunta que precisamos que alguém nos faça, para que possamos responder com aquilo que nos vai na alma e que precisa de um pequeno impulso para deixar de ser só nosso e de nos pesar no coração.
Eu não sou uma pessoa naturalmente “lamechas” e enquanto estive no hospital fugi a “a sete pés” dos telefonemas que sabia que me poderiam, pela natureza das pessoas que os faziam e ainda que sem intenção “puxar para baixo”. Detesto a conversa fácil do “vai correr tudo bem…” e do “e tu como é que estás? já estás farta do hospital?”, e quando tudo isto é dito naquele tom complacente, amoroso e cheio de pena, aí então é que me tira do sério… e que me perdoem estas pessoas, que eu sei que o fazem cheias de boa vontade.
Estes amigos da “palavra certa na hora certa" são raros, e não digo com isto que sejam melhores amigos ou mais preocupados que os outros, são apenas pessoas que pela sua sensibilidade conseguem chegar melhor até nós em alturas difíceis. São amigos dos quais só sentimos “good vibes”, amigos que nos deixam ainda mais positivos do que o que estávamos antes de atendermos o telefone. Obrigada!